EIS QUE TRAGO O QUE SABE O NÃO MANIFESTO

SEJA NADA

Ouso dizer que é muito difícil o reconhecimento de que nenhum indivíduo existe, mesmo para os grandes Mestres; que sabem disso, todavia.
Percebam que mesmo eles tentam uma certa composição para acordarem a cada dia . Sri Nisargadatta colocava roupas claramente apresentáveis; Osho extrapolava nisso; Ramana , mesmo “despido”, emanava sua luz de certas posições no Ashram. Sempre ressalvando para os que julgam, que as palavras são limitantes e tais mestres estão além de quaisquer apreciações que não essas que se equilibram na borda da vida social.” Você sabe muito bem o quanto a língua não se dá facilmente para a expressão daquilo que está além dos limites da linguagem.”, diria Gilbert Schultz.

A total eliminação do “eu” teria que ser pressuposto de não contato com qualquer outra pessoa. Eles jamais teriam aceito a aproximação dos “ocidentais”. Ora, eliminado, que “eu” precisaria de alguma coisa?

Quando digo isso, sinto-me incomodado, porque o “meu indivíduo” não acha correto concluir tal pensamento, de pessoas que foram transformadas em adoração. Todavia, só posso falar do âmbito da mente”. Quem mais comporia pensamentos? , E, muito provavelmente, eu não estaria vivo se não fossem esses mestres(não só os citados aqui, como exemplo)

Mesmo a decantada ideia de humildade (todos os buscadores a amam), a oferta de sua própria “iluminação” para ajudar os outros, presos ao condicionamento, seria problemática, já que a maior de todas as ajudas, só poderia ser deixar as pessoas à sua sorte, ou seja o esgotamento da ficção da mente por ela própria, e transcender sua completude obliterada.

Muito bem, supondo-se a eliminação do “eu”, todo o conteúdo de conceitos que se impregnaram nos neurônios, e que a emoção transforma em pensamentos, como diria Veetshush OM,o que fica?

Fica esse olhar a vida de uma imensidão, cuja transparência dissolve o corpo, os maravilhosos 180 graus de Douglas Harding, verdadeira alegria sem causa, felicidade suprema de ser na eternidade e a conclusão mais acertada (Desculpem a palavra conclusão, porque, de ordinário, só se conclui na mente), mas vá lá):

A mais preciosa missão, razão única de estar-se aqui, é a de saber-se um lampejo entre todas as galáxias. e a de que se é filho da luz original, porque fora nada pode estar. É só isso. E ainda o presente maravilhoso de deixar-se inundar com toda a manifestação. Vejam só, como eu aprendi com os mestres: Não é isso que eles insistem em nos mostrar, todos, nós mergulhados em condicionamentos.?

“Seja nada”, diria Sri Nisargadata. ”Não há NENHUM indivíduo com qualquer substância ou independência dentro DISSO ou em qualquer outro lugar.”, completaria Gilbert Schultz. O grifo é dele, em seu livro “Tudo é claro e óbvio.

Eu poderia assinar embaixo, mas quem estaria assinando?

LIN DE VARGA

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