Eis que trago o que sabe o não manifesto

Importa esvaziar a taça. Esta frase deveria bastar, acima de qualquer pensamento, filosofia, palavra. Não se trata de se livrar de alguma coisa que incomoda você. É SER no vazio absoluto.

Quem faz sua alma, senão as estrelas? A família nos formata, mas quantas outras mães você tem, aquelas brilhantes, as quais, simplesmente, deixam que você seja quem quiser?Por isso, trate sua mãe como se ela fosse uma estrela. Não lhe peça nada. Ela já lhe deu à luz.

Pegue em minha mão a verdade de que a minha mão está vazia .Ela pode voar, como as asas dos pássaros, assim como a mente que voa em tantos pensamentos. No entanto, das mãos e das asas, pode-se dizer que são instrumentos. A mente e os pensamentos não são nada; não fazem sequer cócegas na consciência que somos.

Osho diz que “A vida como um todo já é uma técnica”(1) Muito mais que uma brincadeira, mesmo que o seja, é uma técnica. O Não manifesto, a perfeição, deixa o silêncio, brinca, retorna a ele, silêncio, brinca outra vez, usa a técnica. Não sei como as pessoas não se dão conta do Não manifesto. Este aqui e agora que nos inunda, como inunda cada ser, cada pedra, floresta ou jardim, cada riacho que murmura, todas as galáxias, de tudo  tornando-se pano de fundo. Quando se torna pano de fundo de toda a ilusão dos pensamentos, você pode brincar com sua angústia, na sua dimensão, como a perfeição brinca com o manifesto.
Sua angústia pode ser sua técnica.

É interessante que depois de tanto tempo na Terra, o ser humano, para saber quem é, precisa responder “Eu não sei quem sou.”, à pergunta “Quem é você?”

É do silêncio que se trata. Isso basta.

(1)OSHO, “Consciência, A chave para viver em equilíbrio, dicas para uma nova maneira de viver”, página 94, Editora Cultrix, SP, copyright
2001

LIN DE VARGA*

* VARGA, segundo o “Aurélio”: 1- Várzea alagadiça; 2 -Armadilha de pesca, espécie de rede.

Deixe um comentário

Seu comentário