EIS QUE TRAGO O QUE SABE O NÃO MANIFESTO

UM PACTO COM DEUS

Acho que depois que nasci – e tendo testemunhado o milagre do amanhecer  e do por do sol -,quebrei um pacto que tinha com  Deus, o qual havia sido feito quando eu era, antes de minha face, Pura consciência: Deixei de ser feliz.

Por que quebrei esse pacto?

Os corruptos, que tiram, em última instância, o pão da boca das crianças famintas, Hitler e seus comandados, matando os Judeus, as guerras de sempre, as torturas do dia a dia, as decapitações, os pedófilos que dilaceram crianças indefesas  (quando não são os pais que deslizam para as camas dos filhos imberbes)…(1)

Todos esses, que fazem o mal… São  ETS? Veem de outra Galáxia, ou são,   como nós outros, filhos dessa Terra? Olhem:  Têm olhos, os corações batem dentro deles, os chacras, supostamente, giram em seus vórtices,têm filhos… Não são de outro planeta. São?

Lembro-me de meu pai comentando um dia (Já não sei se ele reproduzia o pensamento de outra pessoa), ao olharmos um mendigo jogado na rua, que era contraditório  pensar que aquela pessoa ali abandonada, tivesse sido um dia acariciada,  amamentada ou embalada por uma mãe.

Só há uma Humanidade em todo o Universo. Podem existir outros seres viventes alhures,, mas esses olhos, narizes, bocas, ouvidos e corpos são próprios daqueles que surgiram da Terra. Não há saída.

Nisargadatta diz: “A insanidade é universal. A sanidade é rara. Ainda assim há esperança, porque, no momento em que percebemos nossa insanidade, estamos no caminho para a sanidade.”(2)

Sempre insisto na atenção plena a tudo. Só pode ser por uma desatenção ao que significa estar sobre este Planeta, mesmo que saibamos e tenhamos a noção de que, perante todas as galáxias – e, além delas, o Infinito Profundo -, somos sequer poeira, só por uma desatenção podemos fazer mal ao nosso igual, às plantas que nos rodeiam, às flores que desabrocham ainda, apesar de tudo, aos rios caudalosos ou filetes d’água que correm para os oceanos.

Emerson diz:” Um homem é a fachada de um templo onde habitam toda a sabedoria e todo o bem. O que chamamos vulgarmente homem – o que come, bebe, planta e calcula – não representa, tal como o conhecemos, o verdadeiro ser humano; ao contrário, deturpa-o. Não respeitamos este homem pois não passa de um órgão da alma; mas se ele permitisse à sua alma manifestar-se em suas ações, elas nos fariam dobrar os joelhos… Permanecemos abertos de um lado, para as profundezas da natureza espiritual, para todos os atributos de Deus.”(3).

Ambos, Nisargadatta e Emerson, cada um a seu modo, falam de um caminho. Quem sabe, talvez eu possa renovar o meu pacto com Deus e ser feliz.

(1)    www.childhood.org.br/maioria das crianças sofre abuso sexual; www.ebc.com.br/abuso e violência sexual de crianças

(2)    NisargadattaMaharaj, “Eu Sou Aquilo”, Editora Advaita, 2014, 2ª Edição revisada,pg.268.

(3)    EMERSON, Aldo Ralph, “A Superalma”

LIN DE VARGA

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