Eis que trago o que sabe o não manifesto

Sobre a mente do iniciante, OSHO diz:” Você sabe que você não sabe.” É curioso, digo eu, porque quando se ilumina, é preciso nada saber. Mesmo quando você mora na consciência, e dá uma chegada, de vez em quando,à ilusão( curtindo sabê-la ilusão), você sabe que não sabe. E este não saber é a entrega total à realidade do que é não coisa, do que é infinita presença.

Fala-se muito em respeitar-se o próprio corpo. Respeitá-lo é redundância. O ato de viver o corpo já é,por si só, este respeito. Perceba o TODO: Perceba a carne do peixe, a carne da vaca, a carne da galinha. Perceba sua carne, Tudo se origina na semente inicial, não há escapatória. É uma estonteante armadilha. É a verdade única, é o único saber.

Você já se viu pendurado em um açougue?

Um KOAN não tem solução. Faz você transbordar além da mente. Portanto, aparentemente, não tem solução para a mente. Entretanto, na consciência, não existe koan, não há intelectualização, só a infinita inteligência.

Eu fiquei atentando para este que chamam de adolescente…Escente…Nascente…Por que os acham imaturos? Quem sabe, por serem nascentes, não percebam muito mais,se lhes for dado, o que se quer dizer com consciência, já que, pelo menos, não estagnaram ainda? Não completamente.

A respiração é uma adaptação ao planeta, se pensarmos nela ao nível dos pulmões e do corpo. Medite além dela, no silêncio primordial, antes de qualquer origem, no que É. Meditar é força de expressão. Seja no que É… Seja, seja, seja….

O que seria do mundo se todo mundo, de repente, num relâmpago, passasse a ter consciência da consciência?

O Universo não tem idiomas. Ore, profundamente, em silêncio absoluto. Não coloque entre você e Deus nenhuma palavra.

O que dou é uma indicação. Nada mais posso fazer por você. Assim como um sinal na estrada, é só o que posso fazer. Não sigo nenhum caminho à iluminação, porque ela já É no SER que sou. Assim, não tenho palavras, mas as tenho que dizer, para indicar, só para indicar. Nenhum lugar há a ser chegado, já somos em casa. Por um lapso, ficamos no outro de nossa identidade, Como posso, portanto, falar com você? Não posso e, nesta impossibilidade, SOMOS.

Se não houver passado, memória, o corpo cai. Literalmente. Você só se ergue,com efeito, na luz. Deixa que ela viva em você. A Consciência É.

Se alguém aplaudir você, desconfia. Tem um ego envolvido. Tem dinheiro envolvido. Quem já despertou, não aplaude. Reconhece.

Na verdade, é um esforço extraordinário ser não consciente. Se o SER é consciência( dá só uma olhada em volta, na manifestação), como se pode não viver isso? Viver em um pedacinho de consciência, completamente obliterado, uma vida inteira, é ou não é um esforço?Acho maior esforço ser limitado. Porque ser ilimitado é próprio da natureza do SER( também do ser humano).

Não acredite em nada do que lhe digo. Olhe dentro o seu sem palavras.

LIN DE VARGA*

* VARGA, segundo o “Aurélio”: 1- Várzea alagadiça; 2 -Armadilha de pesca, espécie de rede.

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